Pegando a deixa da valorização cultural de nosso povo, um "causo" hilário... kkkkkkk.
quinta-feira, abril 21, 2011
Forró, plásticos e afins...

Num desses serviços meus olhos encheram-se, levando-se em conta os dias desleais aos quais vivemos: Suas últimas declarações. Dizia ele que o Estado não iria financiar cachês de bandas de "forró de plástico" (de forró isso não tem nada - já me posicionei sobre esse rótulo numa ocasião ou outra) pra esse São João. Sem querer entrar no mérito da "psicanálise" que isso se tornou na mídia, o sr. Secretário honra os valores de uma festa TÍPICA, tradicional e de resgate de uma identidade. Pronto! Por si só, isso LEGITIMA a postura do ente público numa pasta com a alcunha de Cultura. Como se não bastasse, existe ainda um MARCO LEGAL, a lei estadual 9.027/2009 que dispõe sobre o patrocínio do Estado nas festas juninas. Acompanhando o twitter, tem gente metida a "entendida" do Direito que quer enfiar "entendimentos" pra justificar o financiamento ao plástico, ao código de barras, no forró. Gente, qualquer iniciante na música sabe que o único vínculo dessas PORCARIAS (e isso eu posso falar, já que não ocupo posição de destaque em canto nenhum, hehe) com o forró é o espectro econômico/midiático. Este tipo de "música" é muito mais ligado ao histórico processo de (des)desenvolvimento da música Pop que qualquer outra coisa. Tem muita gente ganhando dinheiro com isso (empresários, políticos e alguns babões de plantão...). É um negócio da China, fato. O cara agencia uma banda em um evento, o poder público garante o negócio, a iniciativa privada patrocina pois é certeza de casa cheia e seu consequente retorno, e todo o lucro recorrente se dá de forma tripla, quadruplicada. E não pensem os senhores e as senhoras que são pequenas as cifras. E dinheiro demais, homi! É todo um complexo do entretenimento que sofre a paulada. E aí está a ira. Já pensou em perder a boquinha?! Quem não está aí categorizado revolta-se de forma ingênua, no mínimo. Melhor do que procurar definir o que seja ou não forró, é enxergar politicamente o que significa este "não apoio" do governo. A festividade junina não é simplesmente uma forma de música, um show, mas um modus vivendi cultural, formas de vivência e convivência num grupo social. E ao que me consta, isso não siginifica fazer a "dança da rã"... Pergunto a todos/as? Onde vocês enxergam valorização cultural nisso aí?
E se alguém ainda queira insistir, posso até desistir da perspectiva e inscrever o Arlequim Rock'n'Roll Band no Xamegão de Cajazeiras 2011 e pleitear um cachê de 80 mil reais, já que ninguém delimitou o que é ou não forró autêntico... Tenha paciência...
Rogo para que o governo sustente essa medida. Parabéns pela coragem! Sinto-me contemplado...
Me recusei a entrar na seara do significado cultural e educacional dos tais plásticos por receio de ser fatiado em 313843843664133 pedaços por um bando de ferormônios ambulantes que transladam livremente por aí...
PS - Nota explicativa do homem sobre o ocorrido.
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