sábado, agosto 20, 2011

Especialíssima



"E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos..."

(Pablo Neruda)


Momento Musical V

Tudo perfeito. Sintonia simétrica entre impressão, movimento e sonoridade. Somente a arte nos possibilita, DE FATO, a beleza.

Trilha sonora do Apocalyptica


quinta-feira, agosto 18, 2011

Carrazêra

O lúdico vem para destroçar-me. Um sorriso é ensaiado quando lembro e realizo em mente aquilo que vivi e o que não vivi, porém com testemunho de pessoas que me são muito caras. São gentes às quais possuo vínculo familiar, uns de sangue, outros por maioria de votos (tão valorosos quanto). O contexto de uma pessoa é forjado com pessoas, lugares e suas culturas. O meu nasce em Cajazeiras, desde o enlace matrimonial do Seu Zequinha (in memorian) com a Dona Toinha. Somente nasci na terra do Açude Grande. Nós, a família Nogueira Dantas, a primeira por parte de mãe e a segunda por parte de pai, engrossamos às fileiras (largas fileiras...) daqueles/as que àquela época buscavam, não melhores mas, de fato, condições dignas de vida. Aquela história de subsistência não cola comigo. Eu procuro viver, não subviver. Pronto. Fomos pra Mauá, no badalado ABCDM, região industrial de São Paulo. Eram meandros de 1986 e eu com poucos meses de existência. Lá morei auspiciosos nove anos, quando retornomos à terra das cajaranas (não muitas hoje - sendo mais certeiro, quase nenhuma), d'onde vivo (resido e atuo) até os dias de hoje. E são muitas as resenhas que guardo a sete chaves.

Tudo isso pra dizer que trago cá comigo total identificação com Cajazeiras, a despeito da parca idade. A identificação que mama mia tem com nossa urbe (nascida e criada) fora incorporada por mim. Os logradouros, as praças, as vielas, as escolas, a universidade, o NEC, as inúmeras casas que frequento, o estádio de futebol... foram e são palcos por onde atuei e atuo. Aqui apanhei, bati (normalmente nessa ordem), construí com muito orgulho aquilo que me sagrado: os afetos de pessoas que me são caras, dos essenciais, parafraseando a Laurita Dias. "Terra querida, lugar que eu vim", cantarola o Fernando Inácio.

Para coroar a ode e o ludismo a esta terra reproduzo dois vídeos achados na net sobre. Não são do meu tempo, mas no de minha mãe. O primeiro mostra a tradicional feira livre, que assim como as praças e o campo se constitui num lugar de convivência social e ambiental. Trilha sonora do Tocaia, grupo nascido neste meio todo. Na sequência um vídeo panoramizando a cidade através do Cristo e closes em alguns outros cartões postais da cidade. A trilha é feita por uma fanfarra, que bem poderia ter sido a tradiconal Orquestra Santa Cecília.





PS - Tou de malas prontas pra João Pessoa. Começarei lá uma nova jornada profissional e pessoal (impossível dissociar), mas o feedback com este lugar permanecerá para todo o sempre, Amém.






quarta-feira, agosto 17, 2011

Com a palavra (I)... Marcelo Nova

Seguindo a tradição deste nefando espaço, inauguro uma nova série no blog com falas de pessoas que tem algo a nos dizer. São entrevistas, pequenos documentários, poesias, crônicas ou o que o valha. Fui motivado a fazer isso por entender que minhas falas ou os momentos "UTILIDADE PÚBLICA" e "MUSICAL" não são suficientes pra compartilhar do que penso. Até porque soa como sacanagem não registrar aqui no Visão Noturna as falas, pensamentos e intencionalidades das pessoas que de alguma forma orientaram e orientam minha caminhada de construção de conhecimento. A provável não densa periodicidade dos posts - elemento sempre presente (ou seria ausente?!?!) neste blog - não se dará por outro motivo senão a total indisciplina que tenho aqui (em outros lugares também...). E a sequência dos atores não dar-se-á por hierarquia de importância, detesto isso. São coisas que pintarão na mente em momentos oportunos. Isso varia muito conforme o cotidiano da existência do sujeito. Quem sabe não caio em contradição de opiniões que concordo, seja qual for a antítese. Será perfeito. Indicará que estou no caminho certo. Vivam às contradições! Também não pensei em algo robusto, como teorias da sociedade ou da psiqué humana. Teóricos, poetas, filósofos do cotidiano... loucos! Esses estarão aqui. E isso será desenhado paulatinamente, sem pressa. Já disse... sou indisciplinado. Esquecimentos graves ocorrerão, sem dúvida. Só cometemos equívocos quando nos dispomos a fazer algo.

Eis que abaixo reproduzo, então, entrevista realizada com um de meus ídolos da adolescência: Marcelo Nova, líder da célebre banda baiana Camisa de Vênus. Detenho predisposição à figura do cara rabugento, ácido - do verdadeiro chato de galochas, aliado à veia do Rock'n'Roll agressivo, contestador (de qualquer coisa que for... qualquer uma). Paro pra ouvir esses caras porque sempre se há algo de valioso. São verdadeiras relíquias que guardo cá comigo. Os mais chegados não se encabulem caso percebam algo que veio daí ou de outras falas. É mais que normal incorporá-las. Por isso sempre soou-me estranho quando pessoas falarm em autosuficiência ou congêneres. Coisas do tipo "eu, eu mesmo, somente eu". Pior, "descobri sozinho".

Sobre o fato do primeiro da lista ser o Marcelo Nova, remonto ao que disse no parágrafo anterior. Não há hierarquia ou qualquer tipo de sequência (cronológica, linhas de pensamento...). A coisa desenvolver-se-á meio que anárquica mesmo, como nosso guru abaixo.

COM A PALAVRA, Reverendo (pelo menos pra mim e pro Chorão, do Charlie Brown Junior Marcelo Nova:




Levante Sua Voz

Ótima produção realizada pelo pessoal da Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung. Com o humor ácido também presente no célebre Ilha das Flores os caras trazem elementos essenciais para a discussão acerca do cerceamento da comunicação de mídia realizada pelas forças ocultas (não tão ocultas assim...) da sociedade (???) tupiniquim. Serve demais pra entendermos de uma vez por todas que nossos "pensar" e "agir", coletivos e/ou individuais, são umbilicalmente influenciados por nosso meio, nossas mídias, o que ouvimos, lemos, vemos, interagimos, etc... etc...

Objetivo, claro e acessível...


Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.




Créditos:

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá