quarta-feira, agosto 11, 2010

Isso sim é um mundo sem fronteiras

Não são muitas as coisas que me desestruturam, salvo alguns fatores de cunho familiar (como já se percebeu...), dentre outros. Mas não se emocionar com uma coisa dessas é, no mínimo, demonstração de uma frieza 'plutônica'. Saca só:



Um obrigado ao amigo Paccelli Gurgel pela sugestão do vídeo, em seu blog, o Opinio.

Todos são de arrepiar (aquele velhinho do washboard então...). Todos com suas peculiaridades, em sintonia. E não se resume a Stand By Me. Olha aí a penca de coisas. Faz parte de um projeto intitulado Playing For Change , de uma fundação homônima. É o mundo inteiro no 'bolo'. Pergunto se existem fronteiras geográficas, étnicas e o cacete (!) para a música, para a arte como um todo, para as sensações humanas. Veja os vídeos e tire suas conclusões.

A caçada a íntegra do documentário começou. Prioridade absoluta nas buscas.

domingo, agosto 08, 2010

Dia dos Pais

Dia dos Pais, versão 2010... há 13 anos que o meu não está mais neste plano. Mas continua vivinho da silva em meus pensamentos e minhas atitudes. Representa o caráter e dignidade de gente simples e honesta. Nunca deixou de trabalhar quando esteve entre nós. Estudou até a 4ª série. Nasceu para o comércio, inclusive, com a matemática do 'boteco' na ponta do lápis fazendo qualquer PHD dos números arregalar os olhos, espantado. Eu mesmo aprendi a matemática dessa maneira. Viram só? O velho já fazia Educação Contextualizada nesse tempo, rs.

Morávamos em Mauá-SP e o convívio de crianças com a rua (ainda característico nos sertões) era praticamente zero. O universo se dava na escola ou em casa. Lembro-me, como se fosse agora à pouco, das tardes de videogame Atari. O velho facilitava minha vitória nos duelos. Dominó, baralho, damas, banco imobiliário, cassino, pipa, peão, bola de gude... são tantas as lembranças.

Dono de um fino gosto musical, Seu Zequinha representa o mais nobre imaginário e cultura de nossa gente. Conheci o mundo do samba (verdadeiro, honesto - não aquela porcaria de pagode de plástico) por sua influência, de onde guardo lembranças da fita k7 rolando no deck do rádio gravador que até hoje mantemos em plena atividade, em casa. Era de Demônios da Garoa pra lá. Momentos que me são muito caros.

Não poderia também deixar de congratular, nesse dia, minha mãe, D. Toinha. Há 13 anos que recebeu as atribuições de pai, além de ser a melhor mãe do mundo. Dedico aos dois tudo que de bom aconteceu comigo. Veio deles. Raízes são fundamentais.


A eles e a todos e todas... FELIZ DIA DOS PAIS! Eternas saudades do meu herói...

-x-

Meu Velho
Composição: (José / Piero – Vs. Nazareno de brito)
(Imortalizada na voz de Altemar Dutra)

É um bom tipo meu velho
Que anda só e carregando
Sua tristeza infinita
De tanto seguir andando

Eu o estudo desde longe
Porque somos diferentes
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes

Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo

Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada
Pela idade foi vencido
Mas caminha sua estrada

Eu vivo os dias de hoje
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento
Tem sua história sem tempo

Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo

Velho, meu querido velho
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo
Velho, meu querido velho

-x-

Todo um filme me vem a cabeça quando ouço e vejo uma coisa dessa:


(lágrimas...)