sábado, janeiro 28, 2012

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Arlequim Rock'n'Roll Band - Fantoches

Eis um registro da apresentação do Arlequim Rock'n'Roll Band em Sousa, sábado último. É um trabalho autoral da banda, de composição do Paccelli Gurgel (in memoriam). Será integrante do disco que doravante pretendemos realizar. CONGRATULAÇÕES AO CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE PELA CONSOLIDAÇÃO DO ROCK CORDEL.


Mais vídeos no canal da banda no YouTube.





Fantoches
(Paccelli Gurgel)

O circo já armou o picadeiro
No meio de um terreno baldio
Perdido num país tropical
No oriente da América do Sul


O povo já arrumou um trocado
Pra assistir um tanto quanto apático
Um espetáculo bizarro
O retrato mal revelado de sua vida comum


Sorria, gargalhe
Pois ali na lona verde-e-amarela o palhaço sou eu
Ali na lona verde-e-amarela o palhaço é você


Respeitável público
Trouxeram seus títulos eleitorais?
Somos a solução inequívoca para seus problemas
Temos aqui a tinta perfeita para seu rosto, afinal...


Ali na lona verde-e-amarela o palhaço é você
Ali na lona verde-e-amarela o babaca é você


Mas não se preocupe se amanhã não pintar o que comer
Eu largo meu iate pra ver o que é que posso fazer
Vou criar uma ONG
Vou abrir uma igreja
Tenho aqui a crença certa e certeira
Espere pra ver


Ali na lona verde-e-amarela  o bobão é você
Ali na lona verde-e-amarela  o palhaço é você


Ali na lona verde-e-amarela o bobão é você
Ali na lona verde-e-amarela o palhaço é você

terça-feira, janeiro 24, 2012

Quem sabe (?) do que depende?




Mapas do Acaso
(Humberto Gessinger)

não peça perdão, a culpa não é sua
estamos no mesmo barco e ele ainda flutua
não perca a razão, ela já não é sua
onda após onda, o barco ainda flutua
ao sabor do acaso
apesar dos pesares
ao sabor do acaso... flutua

então, preste atenção: o mar não ensina, insinua
estamos no mesmo barco, sob a mesma lua
no mar, em marte, em qualquer parte
estaremos sempre sob a mesma lua
ao sabor da corrente
tão fortes quanto o elo mais fraco
ao sabor da corrente... sob a mesma lua

âncora, vela
?qual me leva?
?qual me prende?
mapas e bússola
sorte e acaso
?quem sabe (?) do que depende?

sábado, janeiro 21, 2012

Fé cega e pé atrás


Essa vai para quem ainda teima em dizer da imparcialidade, da igualdade de condições e que não há privilégios na mídia, que ela não está a serviço do tal ninguém. Isso é pura ingenuidade de quem se arvora incólume. Se a Globo ou qualquer outro canal de massa rico e de grande presença em nossos lares se interessa na manutenção do status quo, tal ato se configura como ABSOLUTAMENTE COMPREENSÍVEL.

Quem mete o bedelho nas feridas da suposta democracia tupiniquim são tarjados de insanos, de viúvas da Guerra Fria. De fato alguns o são. Pero... Tudo é muito bem embrulhado, produzido, mas até as embalagens mais confeitadas (e grandes) precisam ser abertas.

Calma! Não me soa bem reproduzir o jogo político eleitoral. Isso é só um fato. Pronto. Aliás, não. AINDA continua sendo um fato. É só apertar o botão do rádio ou da TV...

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Humor... I



Dos tempos em que o humor não era tão levado à sério, de conteúdo significativo, longe dos "puristas impuros" de plantão... Muito bom!

quinta-feira, janeiro 12, 2012

E o Marcão parou...

Dizem que flamenguista vive de passado, mas o adjetivo tem combinado mais conosco, palmeirenses, que qualquer outra torcida dos chamados "times grandes". Um dos grandes ídolos da história palestrina pendurou suas luvas, o grande goleiro Marcos. Quem acompanhou as temporadas de 1999 e 2000 viu o que um só cara é capaz de fazer. Nesses tempos de futebol dinâmico, veloz e tático, a genialidade individual perdeu espaço. Claro que grandes jogadores aparecem. O Messi é foda, mas há um time muito foda jogando para o hermano. 

Enfim. O Marcos ganhou a simpatia de todo mundo por duas variantes. Primeiro por ter sido pentacampeão mundial. Segundo, e provavelmente o mais forte motivo, o Marcos sempre mostrou-se um cara sincero, honesto e inocentemente divertido. Ou seja, o status de um figuraça. Como em nuestra tierra o futebol é cultura enraizada, jogadores e pessoas envolvidas com o futebol ganham evidência, são estrelas. O Marcos, com toda essa hiper-ultra-valorização midiática, conseguiu trincar barreiras da falsidade mercadológica e mostrar sua cara verdadeira.


Meu singelo agradecimento palmeirense...


domingo, janeiro 08, 2012

Com a palavra (IV)... Odair José

Acabo de ver o programa Ensaio da TV Cultura. Desta feita, a participação ilustre é do Odair José. Esse rapaz fugia do lugar-comum dos cantores românticos e versatilizava sua proposta. Claro que a fama veio com aquelas clássicas roedeiras (que eu particularmente adoro). Possuem uma beleza artística e atingem em cheio naquilo que se propõem: bulir com nosso brio, hehe.

Mas o Odair carrega uma história superinteressante. Quem leu o ótimo "Eu não sou cachorro não: Música Popular Cafona e Ditadura Militar" sabe do que digo. Algumas de suas canções foram  censuradas pelo regime militar. O motivo? Um suposto envolvimento político com a resistência, e o conteúdo de suas músicas que "feriam" à padronização moral implantada. Nossa ditadura não era somente política, mas também moral. Havia um grande envolvimento do alto clero brasileiro com o governo, a despeito de próprios setores da Igreja estarem envolvidos com a resistência (a destaque para os seguidores da Teologia da Libertação). "Imagina o cara casar com uma puta???" (nas palavras do próprio). Ou falar em pílula anticoncepcional??? Não se podia falar no cotidiano das pessoas. E isso o Odair faz como poucos.

Com a palavra e o gogó...



PS¹ - O vídeo tem seis partes...

PS² - Não preciso dizer que o livro "Eu não sou cachorro não: Música Popular Cafona e Ditadura Militar" é recomendadíssimo.

"Você precisa ser louco..."

E pra coroar um final de semana demasiadamente musical... o fino do Progressivo.





Cães
Dogs
(Roger Waters)


Você precisa ser louco,
Você precisa ter um motivo de verdade
Você precisa dormir sobre seus dedos do pé
E quando você estiver na rua
Precisa ser capaz de escolher a carne fácil
Com os olhos fechados
E depois se movendo silenciosamente,
Contra o vento e escondido
Você tem que atacar no momento certo
Sem pensar.

E passado algum tempo
Você pode trabalhar em pontos por estilo
Como a gravata
E um firme aperto de mão
Um certo olhar nos olhos,
E um sorriso fácil
Você tem que passar confiança
Para as pessoas que você mente
Para que quando elas virarem as costas
Você tenha a chance de enfiar a faca

Você precisa manter um olho
Sempre olhando por cima do seu ombro
Você sabe que ficará cada vez mais difícil,
E mais dificil e mais difícil conforme vai envelhecendo
É, e no fim arrumará as malas e
Voará para o sul
Esconder sua cabeça na areia
Apenas outro velho triste e sozinho
Morrendo de câncer.

E quando você perder o controle,
Você colherá o que plantou
E à medida que o medo cresce,
O sangue ruim azeda e vira pedra
E é tarde demais para largar o peso
Que você costumava jogar por aí
Então se afogue,
Enquanto você vai afundando sozinho
Arrastado pra baixo pela pedra.

Eu tenho que admitir
Que estou um pouco confuso
As vezes me parece
Que estou sendo usado
Preciso ficar acordado, e tentar sacudir
Esse mal-estar rastejante
Se não estou pisando em meu próprio chão
Como poderei encontrar a saída deste labirinto?

Surdo, mudo e cego,
Você apenas continua fingindo
Que todos são dispensáveis
E ninguém teve um amigo de verdade
E parece que a solução
Seria isolar o vencedor
E tudo é feito sob o sol
E você acredita que lá no fundo todo mundo é um assassino

Que nasceu numa casa cheia de dor
Que foi treinado para não cuspir no ventilador
Que foi ordenado pelo homem a o que fazer
Que foi quebrado por pessoal treinado
Que estava usando colarinhos e correntes
Que levou um tapinha nas costas
Que andava fugindo da matilha
Que era apenas um estranho em casa
Que foi triturado no fim
Que foi encontrado morto ao telefone
Que foi arrastado pra baixo pela pedra

Que foi arrastado pra baixo pela pedra.

Entidades no Metal...



Normalmente escuto coisa antiga, mas...

sábado, janeiro 07, 2012

Um simples batuque de tamborim... por favor...

Muitos Dylans devem existir por aí. Azar o nosso que não tenhamos a graça de ver/ouvir seus lampejos. É de se lamentar... Pero, ainda bem que o gajo fornecedor deste adjetivo logrou seu lugar ao sol. Sorte nossa...



Senhor Tocador de Tamborim

Mr. Tambourine Man
(Bob Dylan)




Senhor Tocador de Tamborim
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Não estou com sono e não há lugar onde eu possa ir.
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei.


Embora eu saiba que todo império retornou ao pó,
Varrido de minha mão,
Deixando-me cegamente aqui parado, mas ainda não dormindo.
Meu cansaço me espanta, estou plantado por meus pés,
Não tenho quem encontrar,
E a velha rua vazia está muito morta para sonhar.


Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Não estou com sono e não há lugar onde eu possa ir.
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei.


Leve-me a uma viagem em sua mágica nave ressoante,
Meus sentidos foram arrancados, minhas mãos não podem segurar,
Meus pés estão muito dormentes para pisar, esperando apenas minhas botas
Para perambular.
Estou pronto para ir a qualquer lugar, estou pronto para desaparecer
Em minha própria parada, moldando sua dança a meu caminho,
Eu prometo segui-la.


Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Não estou com sono e não há lugar onde eu possa ir.
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei.


Embora você possa ouvir-me rindo, girando, dançando loucamente através do sol.
Não está vendo ninguém, está só fugindo correndo,
Pois no céu não há cercas revestidas.
E se você ouvir traços vagos de rimas enroladas
Para o seu tamborim no momento, é apenas um rude palhaço atrás,
Eu não lhe pagaria mente alguma, é apenas a sua sombra,
Visto que está lhe perseguindo.


Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Não estou com sono e não há lugar onde eu possa ir.
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei.


Então me faça desaparecer através dos anéis de fogo de minha mente,
Abaixo das ruínas nebulosas do tempo, passando ao longe das folhas congeladas,
O assombro, árvores assustadoras, para fora da praia ventosa,
Longe do alcance distorcido da tristeza insana.
Sim, para dançar sob o céu de diamantes com uma mão acenando livremente,
Em silhueta para o mar, circulado por areias circulares,
Com toda a memória e destino navegando profundamente abaixo das ondas,
Deixe-me esquecer do hoje até amanhã.


Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Não estou com sono e não há lugar onde eu possa ir.
Hei! Senhor Tocador de Tamborim, toque uma canção para mim,
Na aguda manhã desafinada eu o seguirei.


quarta-feira, janeiro 04, 2012

E por falar em saudade...



Queria que Você Estivesse Aqui
Wish You Were Here
(Waters / Gilmour)


Então, então você acha que consegue distinguir
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?

Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Celso Blues Boy... e um monte de cerveja!

Fica difícil tecer planos para a saúde quando o cabra se depara com esta notícia logo na primeira fuçada na NET em 2012:

"Celso Blues Boy lança um novo disco: POR UM MONTE DE CERVEJA"