quinta-feira, agosto 18, 2011

Carrazêra

O lúdico vem para destroçar-me. Um sorriso é ensaiado quando lembro e realizo em mente aquilo que vivi e o que não vivi, porém com testemunho de pessoas que me são muito caras. São gentes às quais possuo vínculo familiar, uns de sangue, outros por maioria de votos (tão valorosos quanto). O contexto de uma pessoa é forjado com pessoas, lugares e suas culturas. O meu nasce em Cajazeiras, desde o enlace matrimonial do Seu Zequinha (in memorian) com a Dona Toinha. Somente nasci na terra do Açude Grande. Nós, a família Nogueira Dantas, a primeira por parte de mãe e a segunda por parte de pai, engrossamos às fileiras (largas fileiras...) daqueles/as que àquela época buscavam, não melhores mas, de fato, condições dignas de vida. Aquela história de subsistência não cola comigo. Eu procuro viver, não subviver. Pronto. Fomos pra Mauá, no badalado ABCDM, região industrial de São Paulo. Eram meandros de 1986 e eu com poucos meses de existência. Lá morei auspiciosos nove anos, quando retornomos à terra das cajaranas (não muitas hoje - sendo mais certeiro, quase nenhuma), d'onde vivo (resido e atuo) até os dias de hoje. E são muitas as resenhas que guardo a sete chaves.

Tudo isso pra dizer que trago cá comigo total identificação com Cajazeiras, a despeito da parca idade. A identificação que mama mia tem com nossa urbe (nascida e criada) fora incorporada por mim. Os logradouros, as praças, as vielas, as escolas, a universidade, o NEC, as inúmeras casas que frequento, o estádio de futebol... foram e são palcos por onde atuei e atuo. Aqui apanhei, bati (normalmente nessa ordem), construí com muito orgulho aquilo que me sagrado: os afetos de pessoas que me são caras, dos essenciais, parafraseando a Laurita Dias. "Terra querida, lugar que eu vim", cantarola o Fernando Inácio.

Para coroar a ode e o ludismo a esta terra reproduzo dois vídeos achados na net sobre. Não são do meu tempo, mas no de minha mãe. O primeiro mostra a tradicional feira livre, que assim como as praças e o campo se constitui num lugar de convivência social e ambiental. Trilha sonora do Tocaia, grupo nascido neste meio todo. Na sequência um vídeo panoramizando a cidade através do Cristo e closes em alguns outros cartões postais da cidade. A trilha é feita por uma fanfarra, que bem poderia ter sido a tradiconal Orquestra Santa Cecília.





PS - Tou de malas prontas pra João Pessoa. Começarei lá uma nova jornada profissional e pessoal (impossível dissociar), mas o feedback com este lugar permanecerá para todo o sempre, Amém.






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