terça-feira, dezembro 30, 2008

Richard "Rick" William Wright

Pêsames tardios. Isso nos remete a algumas considerações:


(Londres, 28 de Julho de 1943 — Londres, 15 de Setembro de 2008)

Perdemos mais um "dinossauro" da música do mundo. O Wright foi um dos grandes instrumentistas/compositores que iluminaram os 70's com suas sequências alucinantes nos teclados do Floyd. Munido de uma criatividade espetacular o dito foi o grande pilar de sustentação da maior interação do Progressivo com a música pop: o som floydiano. Peço desculpas mil ao pessoal da música psicodélica e seus longos, longos, longos processos musicais. Concordem comigo: JAMAIS ALGUMA MÚSICA DESSAS TOCARIA NAS RÁDIOS E GANHARIA A ACLAMAÇÃO DA MASSA ACOSTUMADA COM O "PEI-BUFF" DO SOM POP. O Pink Floyd não. Esse sabia aliar o progressivo, a música experimentada, às exigências da indústria musical. Não que o Floyd tocasse música óbvia e de fácil assimilação... mas, também não era um "Yes" (mais uma vez, desculpem-me os fãs do progressivo... acreditem... também sou um...). Mudando um pouco de assunto sem, contudo, fugir ao tema...

... estamos vivendo um "cretáceo" da música produzida no seio da indústria cultural. O pop - aquele pelo qual nos acostumamos a gostar desde o advento do Rock'n'Roll, subsidiário da música do mundo, ao lado do jazz - vem entrando num momento de certa crise em sua produção. Não se vem utilizando do mínimo critério de seleção de construções poéticas e rítmicas para a criação de um sucesso, de um hit. Foi-se, mesmo, a "era de ouro" do rádio e coisas do gênero. Um exemplo: nesses dias estava a ouvir uma entrevista com o Flávio José - isso mesmo, o sanfoneiro paraibano - onde o mesmo falava que com o advento da desgraça injustamente chamada de "forró" eletrônico, sua carreira tornou-se um tanto quanto à margem dos refletores da mídia. Isso acontece no mundo inteiro. Quer outro exemplo? Conversando com o Tomás, um amigo alemão, o dito fala da quase que extinta música raiz alemã. O que mais rola lá na "terra dos galegos" é a Black Music americana e seus pancadões - que de música negra americana não tem nada... Vejam só, no Primeiro Mundo... São muitos os exemplos. E, voltando ao Wright, vemos os dinossauros da música pop ficando velhos e morrendo...

É... A COISA ESTÁ FEIA...


Um comentário:

  1. Pois é companheiro! estamos diante da decadência musical.

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