
A propósito, estou lendo um interessantíssimo livro do Aldo Rebelo (deputado federal do PCdoB-SP) sobre o contexto do derby Palmeiras versus Corinthians realizado em 1945 para angariar grana para o antigo MUT (Movimento Unificador dos Trabalhadores), braço sindical do PCB, que fora legalizado naquele ano de fins do Estado Novo. O Rebelo é um palestrino doente (assim como o rabiscador deste blog). O livro já me fisgou no prefácio quando propõe o futebol enquanto simulacro de conflito bélico para o qual é possível canalizar emoções e construir SENTIDOS DE PERTENCIMENTO. Muito bacana. Recomendo (se é que isto importe em alguma coisa...).
Mas voltando a minha paixão pela pelota. Em minha infância, preenchi as fileiras dos moleques que vivem para ser jogador de futebol. Sonhava - dormindo ou não - com isso. Como ocorre com a absoluta e absurda maioria, caí na real e me concentrei mais nos estudos e outras coisas. Mas volta e meia meto-me em uma pelada descompromissada de fim-de-semana. Acho um esforço físico bem mais prazeroso do que a simples caminhada ou coisa que o valha. No tocante ao time do coração, houveram muitas ocasiões às quais o 'Parmera' me arrancou lágrimas de sofrimento e estontiantes alegrias (ultimamente prevalecendo a primeira...). Claro e evidente que o futebol, assim como tudo na vida, readequou-se ao padrão do mundo globalizante hegemônico: por trás de qualquer atividade cultural de grande presença entre os povos, zilhões em dinheiro. Fato. Mas ainda enxergo a pureza e o amor verdadeiro pelo seu time ou esquadra nacional.
Tem também a nossa canarinho, claro. Quem não torce pra seleção??? Nosso esquadrão verde-e-amarelo sempre belisca alguma coisa. Nosso futebol é o melhor do mundo. Outro fato. Tenho esperanças nessa Copa. Todo mundo está esculhambando o Dunga, mas o cara vem ganhando tudo ultimamente. Claro que queremos ver o espetáculo e grandes jogadas, mas acima de tudo queremos ganhar, nem que o time quase inteiro seja composto por volantes, hehe. Prova maior disso é a Copa de 82 onde tínhamos uma das maiores seleções de todos os tempos, com o futebol refinado e elegante do Sócrates, e o Zico (dispensa cometários). Veio a Itália com aquele esquema mais manjado que o Sílvio Santos e... decepção.
Essa é a época do futebol. Bilhões de pessas acompanham o Mundial da FIFA. Portanto, dá licença que vou ver Eslovênia versus Argélia... só na Copa mesmo...
(putz... que frango do goleiro argelino...)
Se o Brasil ganhar a Copa, Dunga vai esculhachar a galera que desceu críticas no trabalho dele.É melhor não cutucar a onça com vara curta! ;)
ResponderExcluir