segunda-feira, agosto 06, 2012

Morreu Celso Blues Boy

Dono de uma voz rouca, alusiva aos grandes "cantadores" de blues (os bluesmans), e herdeiro das pentatônicas na guitarra vindas desses mesmos caras, Celso Blues Boy nos deixa órfãos/ãs musicalmente. Durante muito tempo estou a ouvir seu disco último, intitulado "Por um Monte de Cerveja". Depois de muitos anos voltava ao estúdio com canções inéditas (que, inclusive, contou com o Detonautas como banda de apoio). Era a volta de quem não foi, de quem não se rendeu, do sangue que pulsava sensações cortantes de extrema emotividade, que, para mim, é característica única e essencial do Blues. Paccelli dizia que Celso era o Stevie Ray Vaughan brasileiro, e nunca duvidei disso. Feeling é prerrogativa daqueles que exalam sentimento pelos poros, sem sentimentaloides baratos, enganadores e bajuladores de plantão. 

É figura carimbada nas "reuniões" do Arlequim. Em minha solidão canina de João Pessoa também. Fico triste por saber que não teremos mais discos novos do cara. Com certeza os próximos seriam tão bons, tão blues. Que sua obra se eternize e influencie gerações vindouras.





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